A HISTÓRIA DAS ORQUÍDEAS - parte 2
João Paulo de Souza Fontes
As
primeiras viagens, que enriqueceram o meio cultural botânico, com esclarecimentos
bastantes precisos sobre flores, e clima das regiões tropicais, foram
as efetuadas pelos celebres exploradores Alexandre Humboldt (falecido
em 1859), e Aime Bonpland, entre os anos de 1799 e 1802, registradas ëm
1805, na publicação - “Essai sur la géographie das plants” . As grande
descobertas de Humboldt e Bonpland, foram descritas por Kunth, célebre
botânico alemão, residente em Paris, na sua importante obra, “Nova Genera
et Species Plantarum”-1815-1825. As plantas que foram descritas, pertenciam
na sua maior parte a Colômbia e Venezuela, referindo-se muito pouco sobre
orquídeas.
Em meados do século XIX, um dos nomes que dominou a história das plantas,
foi sem dúvida, M. Jean Jules Linden .
É portanto importante que recapitulemos um pouco de sua vida, para conhecermos
o que ele fez.
M.J.J. Linden, nasceu em Luxemburgo, em 03/02/1817. Fez o curso clássico,
ingressando depois, na Faculdade de Ciências e Medicina, da Universidade
de Bruxelas. Teve uma formação botânica influenciada por M. Bartthelemi
Du Mortier, que era Governador belga. Mortier, programou uma viagem cientifica,
para América do Sul, confiando essa missão a M. J. Linden, em virtude
dos grandes conhecimentos que demonstrava ter, sobre ciências naturais,
e principalmente sobre botânica.
A seu pedido, embarcaram juntos nessa expedição, M. Nicolas Funck, como
desenhista, e Aug. Gheiesbreght, como ecologista. Os 3 viajantes, embarcaram
em Anvers, num navio a vapor, em 02/10/1835, e chegaram ao Rio de Janeiro
em 24/12/1835. Devemos anotar, que, foi a primeira vez que um navio a
vapor, fez a travessia do Oceano Atlântico.
Depois de 18 meses de pesquisas, pelas Províncias do Rio de Janeiro, Espirito
Santo, Minas Gerais e São Paulo, a missão retornou à Bélgica, carregada
de ricas coleções botânicas e zoológicas. Ao chegar, foram honrados com
uma exposição pública em Bruxelas, por ordem do Governador.
Depois de algum tempo, os mesmos exploradores, receberam ordem de estender
suas investigações sobre as Grandes Antilhas e México.
Eles embarcaram em Havre, em 1837, e foram explorar a parte ocidental
da Ilha de Cuba, pois o México, enfrentava uma guerra civil. Visitaram
o platô de Anahuae, o Popocatepelt, o pico de Orizaba e toda a vertente
da cordilheira mexicana.
Depois de 2 anos de buscas, os 3 viajantes, embarcaram para Vera Cruz,
por Campêche, e estenderam suas explorações sobre Yucatan. Nessa ocasião,
foram acometidos de um ataque de febre amarela, que os obrigou a suspender
os seus trabalhos.
J. Linden conseguiu curar-se, e depois de 3 meses de convalescença, esgotado,
e ainda inspirando cuidados, foi com seus companheiros ao Estado de Tabasco,
explorando também o Estado de Chiapas, e o norte da Guatemala, seguindo
para os Estados Unidos, por Campêche e Havana, enquanto que, seus companheiros,
embarcaram direto para Europa.
Jean Linden, voltou para Bélgica em 1841, programando logo, nova viagem
para Colômbia e Venezuela. Embarcou em outubro do mesmo ano com destino
à Cadis e La Guaíra, onde desembarcou em dezembro seguinte. Explorou os
flancos da cordilheira litorânea da Venezuela, passando por Cerro de Avila,
e Silla de Caracas. Durante 3 meses percorreu a Província de Caracas,
dirigindo-se depois para o oeste do vale de Aragua, até Valência, descendo
para Puerto Cabello, atravessando a grande floresta de San Felipe, seguindo
para Província de Borquisimeto e Quibor, transpondo o páramo de Mucuchies,
situado a uma altitude de 4.012 metros do nível do mar, chegando depois
a Mérida.
Linden, passou vários meses explorando, não só, essa Província, como também,
a de Trujilo, percorrendo minuciosamente os seus pontos mais importantes,
indo até a Serra Nevada de Mérida, passando pelo porto de Tachira, penetrando
pela Província de Santander, na Nova Granada. Seguiu caminho pelas Províncias
de Solo, Socorro e Vilar, chegando à Bogotá em outubro de 1842.
Em Bogotá, Linden, visitou os platôs e montanhas da redondeza, descendo
em dezembro, para o baixo rio Magdalena, que na altura de Melgar, chega
a medir mais de 100 metros de largura. Atravessou o rio a nado, com toda
sua caravana e com o material colhido. Percorreu então, as grandes planícies
de Espinhal, chegando à Ibagué, subindo até Tolima, onde acampou em 5
de janeiro de 1843, numa altitude de 4.930 metros do n.m., no limite das
nuvens.
Penetrou pelas imensas florestas de Quindin, e, seguiu para as baixas
regiões do Vale de Cauca, chegando até as margens do mar do sul.
A 17 de agosto de 1843, ele retornou à Caracas, de onde partiu para Puerto
Cabello, indo em direção do rio Hácha. Sua finalidade era explorar a Serra
Nevada de Santa Marta, que percorreu, em todos os sentidos. Apesar dos
muitos perigos enfrentados, conseguiu atingir o pico dos montes nevados.
Logo em seguida, Linden, partiu para outra missão, não menos perigosa,
que era percorrer o interior de Goajira, região habitada por índios ferozes
e antropófagos. Seguindo o seu caminho, embarcou para o rio Hácha, pela
Jamaica, percorrendo as montanhas azuis, indo de lá, para parte oriental
de Cuba, onde foi até as altas montanhas, que até então, não haviam sido
exploradas cientificamente. Demorou 6 meses, pesquisando essas paragens,
conseguindo se livrar de um terrível terremoto, que arrasou essa ilha
em outubro de 1844. Retornou aos Estados Unidos, de onde, embarcou definitivamente
para Europa. É importante registrar que J. Linden, tinha nessa data,cerca
de 28 anos, mas já apresentava uma fisionomia cansada.
Quando de seu retorno à Bélgica, o grande sábio, M. Émile Rodigas, diretor
da Escola de Horticultura do Estado de Gand, escreveu o seguinte comentário:
“Nas suas longínquas e longas peregrinações, a botânica e a horticultura,
conseguiram inúmeros benefícios, das milhares de espécies novas, pertencentes
a todos os gêneros do reino vegetal, ai está, o que a ciência, deve aos
infatigáveis e perseverantes trabalhos de M.J. Linden”.
De volta à Bruxelas, M.J.Linden, continuou a se dedicar, a mesma causa,
dirigindo e orientando novos coletores de plantas, transmitindo os seus
conhecimentos e experiências sobre as regiões que ele explorou, durante
muitos anos, informando os mínimos detalhes, graças a sua memória prodigiosa.
Linden, fundou em Bruxelas, o famoso “Estabelecimento de Introdução”,
que era reconhecido como um atestado de boa reputação, na Europa. Mais
tarde, esse Estabelecimento, foi transferido para Gand, atingindo assim,
o seu período áureo, cobrindo-o de honra e glória, merecidamente.
Linden, entrou num período de descanso, não deixando no entanto, de dar
a sua colaboração, para a ciência e horticultura, do mesmo modo, de quando
era jovem, o que, nunca deixou de ser.
Foi distinguido, com sua nomeação para Cônsul da Colômbia, onde passou
a residir em sua chácara, em Fusagasugá, pintando várias orquídeas, e
escrevendo artigos para publicações especializadas.
Linden formou diversos coletores, que seguindo os seus ensinamentos, fizeram
muitas viagens pelo Mundo, criando, muitos deles, os seus próprios nomes,
e enriquecendo ainda mais a Botânica, e,em especial, a orquidofilia.
Lucien Linden, filho de M.J.J. Linden, registra no livro, “Orchidées Exotiques
et leur culture en Europe”, publicado em 1894, referências sobre botânicos,
daquela época, como o Rev. Baron de Madagascar, M. Édouard S. Rand, dando
um destaque todo especial à João Barbosa Rodrigues, eminente diretor do
Jardim Botânico do Rio de Janeiro, mencionando suas descobertas, e fazendo
referências sobre seus grandes trabalhos, que estavam sendo impressos
na - “Flora Brasilienses”.
Complementando a sua passagem, pelo reino das orquídeas M.J.J. Linden,
deixou registrado os seus feitos, em obras valiosíssimas que até hoje
nos mostram a grandiosidade dos seus trabalhos.
J.Linden et Planchon “Troisième voyage de J.Linden das les parties inter-tropicales
de l’Amérique” - Bruxelas - 1863.
J.Linden et Reichenbach - fizeram várias descrições de orquídeas, publicando-as
em jornais e revistas - “L’Illustration Horticole” - “Lindenia”, “Xenia
Orchidacea”,”Gardeners’ Chronicle”, e outros.
J.Linden - “Pescatorea”- (Iconographie des Orchidées) - um grande volume
com 48 pranchas coloridas.
Lucien Linden e Émile Rodigas,publicaram artigos na “Lindenia”e no “L’Illustration
Horticole”.
J.Linden e Lucien Linden - “ Lindenia” .
Lucien Linden - deu seqüência aos trabalhos de seu pai, e criou em 1890
um guia prático de cultura, com edição bimensal - “Le Journal des Orchidées”.
Auguste Linden - realizou viagens pelas ilhas Moluscos, Nova Guiné, entre
1885-1886, e pelo Congo de 1886-1887.
Alguns coletores eram totalmente desconhecidos nos meios botânicos, como,
J. Henry Chesterton, que começou sua vida como camareiro, aprendendo,
não se sabe com quem, a embalar orquídeas. Chesterton, apareceu um dia,
com uma coleção de orquídeas, tão bem embalada, que foi considerado o
melhor profissional do mercado, o que muitos outros coletores, mais antigos
e experientes, não conseguiram . Logo depois, fez várias viagens para
a América do Sul, coletando e introduzindo na Inglaterra, a tão cobiçada
orquídea -“Odontoglossum-vermelho”, que hoje, classificada corretamente,
é conhecida como Miltônia vexillaria .
Temos também, conhecimento de outros coletores, que não eram profissionais,
e que prestaram sua colaboração na coleta de plantas. Dentre eles, podemos
mencionar Hugh Low, que era secretário Colonial em Labuan, norte de Bornéo,
e que descobriu muitas orquídeas, que eram, até então totalmente desconhecidas.
Encontramos registros de que M. Nicolas Funck, retornou à Venezuela e
Colômbia, fazendo novas explorações, entre 1845/1847 e depois 1848/1853.
Aug. Cheiesbreght, também fez outras viagens, visitando o México entre
1857-1858.
Outro grande nome, que marcou passagem na era dos “coletores e exploradores”
de orquídeas, foi o de James Veitch, fundador dos estabelecimentos James
Veitch & Sons, localizado em Exeter - Inglaterra. Em 1853, mudou-se
para Chelsea, quando incorporou a firma Knight & Perry - The Royal
Exotic Nursey.
A direção desse estabelecimento, era formada por membros da família: James
Veitch, James H. Veitch, James Veitch junior, John Gould Veitch e Harry
Veitch.
Em 1840, quando ainda não tinha se vinculado as organizações de Chelsea,
Veitch enviou William Lobb, de Cornualha, seu ex-empregado, numa expedição
para América do Sul. Lobb chegou ao Rio de Janeiro, encontrando algumas
espécies consideradas raras, na Inglaterra.
Um dos seus sucessos, foi a descoberta do Cypripedium (hoje paphiopedilum) caudatum, encontrado no Peru. Fez também, explorações
na Venezuela. O irmão de William, Thomas Lobb, 3 anos mais tarde, iniciou
também sua vida de explorador, chegando a ser considerado um dos grandes
coletores de Veitch, tendo total autonomia de ação, e conhecendo bem o
que deveria fazer. Partiu para o Oriente, onde tomou conhecimento, que
a China, não estava interessada em ter coletores europeus percorrendo
suas florestas. Assim, explorou Java e ilhas adjacentes. Em sua segunda
viagem, foi mandado para Índia, chegando à Calcutá em 24/12/1848, onde
ficou fazendo suas explorações e coletas, pelo nordeste, nas cercanias
de Assam e montes Khasia, por cerca de 3 anos.
Thomas Lobb, prestou serviços, para Veitch, durante 20 anos, tendo coletado
durante esse período diversas orquídeas, dentre elas, a famosa Vanda
coerulea, que fora descoberta por W. Griffiths em 1837. Outra famosa
orquídea que coletou, foi o Paphiopedilum villosum, considerada
como uma verdadeira raridade.
Lobb, coletou também muitas plantas, na Birmânia, dirigindo-se para o
sul do arquipélago malaio, Labuana e Sarawak, indo para as Filipinas,
nas cercanias de Manilha. Depois dessas viagens, retornou a Cornualha,
onde veio a falecer em 1894.
A vida desses exploradores, era cheia dos mais diversos perigos, tanto
que, o “Hortus Veitchii”, registra que, num período de 2 anos, 3 coletores,
ainda jovens, faleceram, com suas saúdes abaladas, devido as condições
de trabalho e de doenças tropicais. Outros fatos, também abalavam o desempenho
do trabalho desses abnegados. Conta-se que, David Bowmann, tinha coletado
uma grande quantidade de plantas, e estava próximo de Bogotá, quando foi
vitima de um roubo, ficando totalmente sem dinheiro, e impossibilitado
de embarcar o material, para Inglaterra, tendo que aguardar, que enviassem,
numerário suficiente, para tal. Nesse meio tempo, contraiu uma disenteria,
vindo a falecer logo depois.
É sabido, que o próprio filho de Veitch, John Gould, que foi grande coletor
de Phalaenopsis, faleceu, ainda jovem, com 31 anos, de uma infeção
pulmonar, nas Filipinas.
Ainda, referindo-se a Veitch, temos que registrar um fato interessante,
não sei, se talvez único entre os coletores. Gustave Wallis, um dos bens
sucedidos coletores de Veitch, era totalmente surdo e meio retardado,
não pronunciando uma só palavra até os 6 anos de idade, tornando-se mais
tarde, fluente em diversas línguas estrangeiras. Wallis aprendeu jardinagem
em Detmold, na Alemanha, vindo depois para o Brasil, abrir uma filial
de uma firma alemã de horticultura, que faliu posteriormente. Em 1858,
ele ficou sem saber o que fazer, e ofereceu seus préstimos, para Linden,
propondo apanhar plantas e envia-las para Bruxelas. Em 1870, filiou-se
a Veitch, enviando-lhes plantas de Nova Granada, inclusive o tão cobiçado
e perfumado Epidendrum wallisii. Entre 1864 e 1871, viajou pela
Amazônia, Peru, Equador, Venezuela e Colômbia.
Mencionamos, o caso do coronel Benson, que era um expatriado, e que enviou
para Veitch, da Birmânia, diversas espécies novas e raras.
G. Ure Skinner, remeteu também para Veitch e para Royal Horticultural
Society, diversas orquídeas da Guatemala.
Em se falando de Veitch, não podemos deixar de registrar, que foi nos
seus estabelecimentos, que John Dominy, em 1853, provou que a hibridação
das orquídeas, dirigida cientificamente pela mão do homem, era possível.
Para mostrar a importância que essa flor tinha entre as pessoas ilustres
daquela época, temos registros, que o Xogun, Comandante em Chefe da Armada
e Regente Virtual do Japão, em 1867, possuía orquídeas, cuidando pessoalmente
do seu cultivo.
No fim da década de 1870, o nome de Frederich Sander, começou a despontar,
e, no final do século XIX, a House of Sander, dominou o mundo dos coletores
de orquídeas. Sander contratou os mais experientes, e dentre eles, se
destacaram Arnold Forget e Micholitz.
Com uma grande equipe, começou a dominar o mercado, criando rivalidades
entre os seus próprios coletores, fomentando as disputas entre eles.
Suas maiores batalhas, eram travadas com Hugh Low, que tinha como coletor-chefe,
William Boxal, e, com a firma belga, de Linden, da qual, F. Claes e Bungeroth,
eram os primeiros coletores. Sander incentivava sua equipe, enaltecendo
sempre os seus feitos, e colocando-os a par, dos movimentos de seus concorrentes.
Demonstrando a rivalidade entre as grandes Casas, quero registrar um fato,
que, já deve ser do conhecimento de alguns, mas que é válido relembrar.
Certa vez Sander mostrou-se muito aborrecido, com um estratagema usado
por Low, e que considerou desleal. Escreveu para Arnold Forget: “ Até
agora tenho sido capaz de suportar Low, pois ele é alguém para quem a
luta tem valor ....mesmo quando se tem uma derrota ...., mas como o sujeito
passou a se comportar tão estupidamente, devemos fazer todo o possível
para ajustar as contas. Espero que, quando estiver lendo estas linhas,
já esteja a caminho de Mérida, e consiga passar a frente de White (coletor
de Low), deixando-o de mãos abanando”.
Em outra carta, também enviada para Arnold, ele avisa que acaba
de saber que um “demônio de nome Burkee, de Veitch, estava atras
dele”.
Sander, realizou-se, quando em 1881, Reichenbach f., o homenageou,
classificando uma Vanda, denominando-a de Vanda Sanderiana, descrevendo-a no “Gardeners’ Chronicle”. Ela foi coletada por Carl Roebelin,
em Mindanau, nas Filipinas, em circunstancias muito dramáticas.
Arthur Swinson, registra no “The Orchid King”, que ao chegar a ilha, Roebelin,
ouviu comentários sobre a existência de uma orquídea vermelha. No primeiro
momento, pensou que se tratava do Phalaenopsis-vermelho. Depois
de muito procurar, sem obter resultados positivos, conseguiu novas referências
sobre uma orquídea do tamanho de um prato, nas margens de um lago, no
interior da ilha. Roebelin teve a ajuda de um comerciante chinês, que
serviu de interprete, e juntamente com um guia, subiu o rio, de canoa,
indo em direção do tal lago. No meio do caminho, foi surpreendido por
um forte furacão, que o fez naufragar. Foi salvo por nativos, que foram
tolerantes com ele, na esperança de conseguir um aliado, na luta contra
tribos inimigas. Logo depois do resgate, começaram as trombetas de guerra,
das tribos rivais. Felizmente a vitória, coube a tribo que o recolheu,
e que, atribuiu a ele a sorte que tiveram, recebendo assim, a distinção
de se hospedar na casa do chefe, no topo de uma árvore. Roebelin, foi
novamente surpreendido por outra catástrofe . Segundo narração de Frederick
Boyle,: “Ele acordou com um rugido e um barulho infernal, como se fosse
o fim do mundo - gritos, gemidos, ruídos de coisas caindo, o estouro de
grandes ondas e com ribombar de trovões dominando tudo. Roebelin, via
tudo ser destruído em sua volta, corpos voando pelos ares e se espatifando
de encontro com a choça. Tinha acontecido o maior terremoto, jamais visto
nas Filipinas. Quando os tremores cessaram e amanheceu o dia, Roebelin
permaneceu deitado no chão da cabana, com o corpo coberto de destroços”.
Parecendo até um conto de fadas,” viu através de um buraco no assoalho
da cabana, uma profusão de flores das mais variadas cores, lilás, roxo,
azul, ouro e marrom”. Estava descoberta, a orquídea, que mais tarde,
veio a se chamar de Vanda Sanderiana .
Roebelin, depois de muito viajar, conseguiu encontrar o Phalaenopsis vermelho, mas, mais uma vez sofreu um sério contratempo. Escreveu
para Sander: “Uma desgraça se abateu sobre mim - foram destruídas em
poucos minutos todas as plantas que eu tinha . Toda a carga. Em um terrível
furacão... tudo foi varrido para o oeste..., somente no terceiro dia,
foi possível encontrar as plantas, elas estavam todas amassadas, no chão,
cobertas de lama e água salgada. Mesmo lavadas com água doce, nenhuma
das 21.000 mudas sobreviveram. As outras espécies foram perdidas também,
tudo o que eu possuía” . Roebelin, voltou então, para coletar novas
plantas.
Fosterman, também coletor de Sander, passou em Assam, procurando o Cypripedium
spicerianum, uma orquídea desconhecida, que havia florido em Wimbledon,
na casa de uma senhora. Atravessou grandes florestas, rios e montanhas,
não conseguindo realizar o seu intento. Estava a ponto de desistir, quando
viu uma quantidade de orquídeas, florescendo em cima de pedras lisas.
Conta-se que ele foi obrigado a matar um tigre, que estava atacando a
aldeia dos seus carregadores, butani, para que esses, concordassem em
transportar as orquídeas coletadas até Bramaputra, e de lá, seguindo para
o porto de embarque. O esforço de seu coletor, foi compensado, pois Sander
conseguiu vender em um dia, cerca de 40.000 mudas de Cypripedium spicerianum,
num leilão, realizado na sala de J.C. Steven.
Micholitz, depois de muitas pesquisas, conseguiu redescobrir o Dendrobium
phalaenopsis schroederianum, considerado “perdido”. Foi surpreendido
por uma desgraça, pois, quase toda a sua carga foi queimada, quando o
navio em que estava carregada, pegou fogo, no porto de Macassar em Celebes.
Micholitz telegrafou à Sander relatando o ocorrido, e segundo Swinson,
nos seguintes termos - “Navio queimado. Que fazer? Micholitz.”
a resposta de Sander veio categórica, “Volte a coletar”,
Micholitz replicou: “Tarde de mais. Estação chuvosa”. Sander respondeu
“VOLTE ”. Os Dendrobiuns, foram colocados em leilão, no dia 16
de outubro de 1891.
Sander, em 1882, mandou um dos seus coletores, Mr. Mau, para Colômbia,
a fim de, procurar novas variedades do Odontoglossum crispum. Das
outras orquídeas que encontrasse, só devia enviar poucas mudas. Mr Mau,
foi direto para a cidade de Pacho, que estava situada a quase 2.000 m.
de altitude do n.m.,que era o centro de atividade dos coletores de Odontoglossum.
Em virtude da grande procura dessa orquídea, os exemplares que apareciam,
eram negociados por preços muito elevados. Diante disso seguiu viagem
para outras localidades menos exploradas, onde encontrou uma Cattleya, com folhas e bulbos, muito maiores que as de Warscewicz, e mostrando ainda
restos de inflorescências. Cumprindo as ordens recebidas, só embarcou
alguns exemplares da gigantesca orquídea encontrada.
Sander, ao receber as mudas, na Inglaterra, fez um exame das plantas e
provisoriamente a denominou, de “Gigas”, até que, os botânicos,
pudessem fazer sua identificação, pois esse fora o nome que Linden dera
a planta enviada por José Triana. Não foi possível, fazer-se a comparação
dos resultados das analises, pois além de Linden estar na Colômbia, era
um concorrente, com quem não tinha condições de dialogar. Sander, a classificou
como variedade “Sanderiana”.
Nessa pesquisa sobre a História das Orquídeas, encontramos alguns nomes
de coletores, que mesmo não tendo conseguido o registro dos seus feitos,
não podemos deixar de menciona-los: Arthur Corner (Ásia-tropical), Astecker,
A. Ghiesrreght (México 1857/58), Bidwill, B. Roezl (Colômbia-1872), Bilech,
Crosse (Amazonas-Peru-Ecuador), Colley, Curtis (Bornéo), Coradine, Carter
(Colômbia) Cooper (Ilhas Filipinas), Cumin (Ilhas Filipinas-Sumatra),
C.A. Braam (Colômbia 1864-1865), C.Patin (Antióquia-1873 -Brasil), .Clemen
C. Parish(Rev.) (Birmânia-Índia), Carder (Ásia-tropical), Dálbertis (Bornéo-Nova
Guiné), Davis (Birmânia), Deppe (México), Du Mortier, De Maerschalk (Nova
Guiné-1876-1877), Derome, Dusen(1902-1913), Descourtilz, Endres, Ed. Beccari
(Bornéo-Nova Guiné- Sumatra), cel. Emeric Berkeley (Brasil), Rev. Ellis
(Madagascar), Baron F.Von Mueller (Australia), Freeman, Fortune, Focke
(Suriname), Goldie (Austrália- Nova Guiné), Georges Barker (Bornéo-Nova
Guiné-Sumatra), Gustave Mann (África-ocidental), Hutton, Hadwen (Brasil),
cel. Hall (América-tropical), H.Rogers (Dr.) (Bornéo-Nova Guiné-Sumatra),
H. Wagener (Colômbia-1854) Hartweg (1839-1857), Hassearl (Java), J.M.Hildebrandt
(Madagascar), Jamieson (Peru), J.H.Lance (Bornéo-Nova Guiné-Sumatra),
Jurgensen (Bornéo-Nova Guiné-Sumatra), J.Roth (Peru-Amazonas-1873), John
Russel, Klaboch (irmãos), Karsten (Colômbia), Korthals (Colômbia), Baron
Karwinski (México) Koelhals, Lehmann (América Central- Nova Granada-Equador),
Lindmann (1892-1894), L. Schilim (Colômbia - 1848-1853), L.A. Picard (Brasil-meridional),
Leon Humblot (Madagascar), M.Barthélem, Mottley, Maximovicz (Japão - Mandichúria),
Rev. Macfarlane (Nova Guiné), Moritiz (faleceu em Tovar, na Venezuela),
Maries (Formosa), Marius Porte (Brasil-Filipinas 1856-1861), Manrique
(México-1879-1881), Notzli (Equador -1875 - Peru-1890 - Brasil - 1835-1837),Orro
(Venezuela), Oersted, Pfau (Bornéo - Nova Guiné), Pearce (Índia), Pancher
(Nova Caledônia -1876-1877), Richard Payer (Orinoco-1881), Ross (México),
Régnier (Índia), Regnel, Stanger (Bornéo-Nova Guiné-Sumatra), Shuttleworth
(Ásia-tropical), Schiede (México), Scomburgk (Guianas), Simons, Shepherd,
Spruce (Amazonas-Peru-Equador), Sallerin, Teysman (Nova Guiné), Thwaites
(Ceilão), cap.Vipan (Birmânia), Welwitsch (Angola), Warming (Brasil 1836-1866),
Wailes, White (África-tropial- America do Sul), Wil. Wallace (Bornéo-
Ilhas Filipinas), Wittig (Brasil), Wendland (Índias-ocidentais), Yates
(Amazonas-Peru-Ecuador), Zahn Purdie (representando Kew).
Voltemos novamente, para os registros literários, que reforçaram o lugar
de importância ocupado pelas belas orquídeas, e que nos deram ensinamentos
didáticos, para hoje podermos saber o que aconteceu nos séculos passados.
Em 1867, realizou-se em Paris, o Congresso Botânico Internacional, onde
foi debatido a classificação dos gêneros, espécies, variedades, e híbridos
naturais (entre espécies). Foi criado um comitê encarregado de fotografar
as orquídeas, formando-se assim um arquivo de consulta.
J. Barla em 1868 escreveu a “Iconographie des Orchidées de la Flore
de Nice e des Alpes Maritimes”.
K.Th. Hartwes, representando a R.H.S., publicou um livro sobre seus estudos
entre 1839/1857 “Plantae Hartwegianae”, de Bentham.
Charles Lemaire - escreveu vários artigos para diversas publicações, como:
“Flore de Serres”, “Jardin fleuriste”- Gand 1851-1854, e com E. André,
de 1854-1893 no “L’ Illustration Horticole”.
H.S. Miner - “Orchids, the royal family of plants” (preço de venda 100
francos).
J.E. Planchon - “Hortus Donatensis” - catálogo de plantas cultivadas nas
estufas de S.E.le prince A. de Demidoff à San Donato - Florence -1858
- escreveu também algumas descrições no “Flore des Serres” - Gand- Bélgica.
F.A.G. Miquel “Choix de plantes rares ou nouvelles cultivées au Jardin
le Buitenzorg” -Java - 1867.
H. Leitgeb - “Uber die Luftwurzeln der Orchideen”- registrado na Academia
de Viena - 1864.
J. Meyen - “Luxemburg Orchideen”- 1864.
P. Vantieghem -registrou, em 1871, nas memórias do Instituto de França,
vol. 21 “Recherches sur la Structures du Pistil”.
Edward S. Rand, 1876, escreveu “Orchids grown at Glen Ridge, near Boston,
Massachusetts”.
E. Boissier - em 1884, publicou um artigo sobre a “Flora orientalis” .
Com Heinrich Gustav Reichenbach fils., a orquidologia atingiu sua estrutura
definitiva, deixando subsídios muito valiosos para seus sucessores. Publicou
inúmeras obras sobre orquídeas, que hoje, retratam sua época. Na obra
de seu pai, H.G.L.Reichenbach,,“Icones Florae Germanicae et Helveticae”,
editada em 22 volumes -, fez vários registros sobre orquídeas de toda
Europa e da Algéria em-1851 (1847-1852?) . “Orchidographische Beiträge,
Linneae”(5 partes) - 1846-1847-1849-1854-1857 - “Orchideae per annos 1846-1855”
- descritas em, “Walper’s Annales Botanices systematicae” - 1848-1864(1860?)
- “Die Orchideen der deutschen Flora, Des übrigen Europa, Russlands und
Algiers”- 1851 - “Icones Florae germanicae et helveticae”, vol XIII et
XIV, Orchideae - 1851 - “ De pollinis Orchidearum genesi ac structura
et de Orchideis in artem ac systema redigndis”- 1852 - “Garten Orchideen
in Bot. Zeitung”- 1852-1857 - “Beiträge zur Orchideenkunde Central Amerikas”-
1866 (1869?)-no “New Garden Orchids”, e no “Gardeners’ Chronicle”- 1869-1888
- “Beiträge zur Orchideenkunde", N.A.Ac. Leop. Car. XXXV” -1870 (1876?)
– “Otia Botanica Hamburgensia”- 1871-1881 - “Beiträge zursystematischen
PAanzenkunde” - 1871 “Enumeration of the Orchids collected by rev. C.
Parish in the neighbourhood of Moulmein”- 1874(1873?) - “Xenia Orchidacea”-
Leipzig 1858-1883 -(terminada por Kraenzlin) - em conjunto com W. Saunders
- “Refugium Botanicum” 1869-1878 vol. 1-1882 vol 2.
Escreveu também, numerosos artigos em revistas e jornais: “Linneae”-Berlim,
“Flora”-Ratisbonne, “Botanische Zeitung”- Leipzig, “Nederlandsche Kruidkundig
Archiel”, “ Gardeners’ Chronicle”, “L’Illustration Horticole”, “Pescatorea”,
“Lindenia”, “Reichenbachia”, “Bonplandia”, “Hamburger Gartenzeitung” e
muitos outros.
É de se notar, que o entusiasmo transmitido por esses dedicados divulgadores,
permitiram que uma nova sociedade, não só de botânicos, conhecesse melhor
as orquídeas. Assim, as grandes obras, sobre essa nobre flor, continuaram
a ser editadas em diversos paises:
Na Alemanha -
Theodor Irmirsch - “Beiträge zur Biológie und Morphologie der Orchideen”-
1853.
J.G. Beer - “Beiträge zur Biologie und Morphologie der Familie der Orchideen”-
um estudo especial sobre frutos e sementes, com 12 pranchas coloridas.
- Viena - 1863.
C.Oudemans - “Uber die Luftwurzeln der Orchideen”- 1861.
H.Leitgeb - “Mémoires de L’Acadêmie de Vienne” Viena - 1864.
Th. Wolf - “Beiträge zur Entwicklungsgeschichte der Orchideenblüthe”,
artigos no “Pringheim’s.Jahrb”-IV-1866.
Möbius - “Anatomie der Orchideen”- e crônicas no “Pringheim’s Jahrb”.
XVIII - 1877-1887
A.W. Eichler - “Blutendiagramme”, I- 1875.
M. E. Pfitzer - Professor da Université de Heidelberg - “Beobachtungen
über Bau und Entwickelung der Orchideen” - 1877-1887 “Grundzüge einer
vergleichenden Morphologie der Orchideen” - 1882 - “Morphologische Studiun
über die Orchideenblüme”- 1886 - “Entwurf einer natürlichen Anordung der
Orchideen”- 1887 - “Untersuchungen über Bau und Entwickelung der Orchideenblüte”-
1888 - “Orchidaceae deas l’ouvrage” - “Die natürliche Pflanzen-familien”
“Die Orchideen” - em “A. Engler und K. Prantl”. - Leipzig - 1888.
Na França -
Prillieux -“ Sur la déhiscence du fruit des Orchidées” - 1859 . Em colaboração
com Rivière, publicou diversos artigos sobre germinação das sementes de
orquídeas, no “Annales des Sciences naturelles de Paris”, bem como, no
“Bulletin de la Société botanique de France” .
Rivière e Prillieux- “Observations sur la germination d’une Orchidée.”
-1856.
A. Grisebach - “Flora of the Bristish West Indian Islands” (Orchidées
des Antilles anglaises) - 1864 (1863?). Em 1879 publicou “Symbolae ad
floram Argentinam”.
M.R. Gerard - “Sur l’homologie et le diagrame des Orchidées” “Ann.sc.Nat”.VIII-1878-
“La fleur et le diagramme des Orchidées” - 1879.
Vesque - “Traité de Botanique agricole et industrielle”- In.-8o,
Paris-1885 - “De l’Anatomie des tissus appliquée à la classification des
Plants novelles”, registrado no “Archives du Muséum de Paris”-2e série,
T.IV.P.I et deuxiéme mémorie, p.291 - Paris - 1881 - “L’Espèce végétable
considérée au point de vue de l’anatomie comparée” nos “Annales des Sciences
naturelles, Botanique”6me. Série T. XIII- “Sur le causes et les limites
de la variation de structure des végétaux” nos “Annales agronomiques”,
T.IX - “Epharmosis sive materiae ad instruendam anatomiam systematis naturalis”-
Paris 1889-1893. Nas suas primeiras obras, Vesque, expõe os caracteres
gerais das orquídeas, aprofundando-se em estudos sobre os gêneros Orchis e Vanilla.
Nas Índias Néerlandaises -
M Treub - “Embryogénie de quelques Orchidées”- Amsterdam - 1879.
Na Inglaterra -
Darwin - “Fertilisation of Orchids”-1862 (foi traduzido para o Frances
por Rérolle -Paris 1870).
G. Bentham - “Notes on Orchideae”- Journ. Linn. Soc. XVIII - 1881 ; em
conjunto com J. D. Hooker, escreveu um artigo sobre orquídeas, no “Genera
Plantarum” em 1883, na “Flora australiensis”, escreveu sobre as orquídeas
da Australia “Orchideae of Australia” - 1863 - 1878.
Robert. A. Rolfe - de 1886 até 1893, escreveu artigos, sobre o título
“List of Garden Orchids” no “Gardeners’ Chronicle”. Em 1887 escreveu “Bigenerie
Orchid Hybrids”, no “Jornal Soc. Linn.” vol. 24. Em 1890, também no “Jornal
Soc. Linn.”, vol. 27, publicou um artigo sobre o título, “Ön The Sexual
Forms of Catasetum” . De 1891 a 1894, no “Kew Bulletin” - I-VII
“New Garden Orchids Decades”. Em 1888 publicou a “Morphological and Systematic
Rewiew of the Apostasieae”.
Na Bélgica -
Charles Morren - Fez várias publicações nos “Annales de la Société Royale
d’Agriculture et de Botanique de Gand”- 1845-1849, e nos primeiros anos
da “ La Belgique Horticole”- 1851.
É douard Morren - Fez várias descrições na “La Belgique Horticole”.
É d. André- Fez algumas viagens pela Colômbia e Equador, escrevendo
vários artigos, que foram publicados nas revistas- “L’Ilustration Horticole”e
na “Revue Horticole”.
Foi a partir do século XIX, graças às viagens dos botânicos e exploradores,
que aumentou na Inglaterra, o número de orquídeas tropicais. Surgiram
os grandes viveiros de orquídeas e famosos cultivadores.
Mencionamos alguns cultivadores, que deixaram, os seus nomes na história
da orquidofília: Edward e Richard Ashworth, Beyrodt, Sir Geremiah Colman,
Cookson, R. Hardy, Conde de Hemptine, Octave Doin, Jean Gratiot, S. Gatrix,
Karthaus, Mr. Firmin Lambeau, Sir Trevor Lawrence, Barão Rotchschild,
Consul Shiller, Mr. Vuvlstene, E. Warner, Paul Wolter, M. Lineau (Jersey
City), John Cadness (Long Island), S.B. Dodd (Hoboken), John Patterson
(Newark), Robert Buist e Caleb Cope (Philadelphia), George Such (South
Amboy), Mr. Mitchell (Tarry Town), General Joseph Howlan (Tioronda), Matteawan,
Louis Menand, Erastus Corning, General John F Ratbone (Albany) e muitos
outros.
O cultivo de orquídeas, também estava muito divulgado pela nobreza oriental,
dentre os mais importantes, destacavam-se: Principe Fushiml, Visconde
Soma, Visconde Ijuiu, Conde Hayashi, Principe Shimazu, Principe Kuni,
Barão de Iwasaki, Barão Mitsui, Mr. Ro, Mr. Kaga, Korean Prince Rhee.
A cultura das orquídeas, foi objeto de trabalhos dos especialistas, sendo
publicado 5 grandes obras, onde foram registradas as suas descobertas
práticas.
M.Henshall - “Practical treatise of the cultivation of Orchidaceous plants”
- Londres - 1845 (traduzido para o alemão).
Lyon - “Practical treatise on the management of Orchidaceous Plants”-
1845.
F. Josst - “Beschreibung und Kultur tropische Orchideen” - 1851.
J. G. Beer, alem dos seus trabalhos sobre os frutos e as sementes das
orquídeas, publicou também um estudo sobre o seu cultivo “ Practische
Studiun an der Familie der Orchideen”- Vienne - 1854 (1853?).
M. Morel - “Traité pratique de la culture des Orchidées” - Paris - 1854.
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